quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Eliseu Padilha lamenta que Brasil ocupe o penúltimo lugar em ranking global de qualidade educacional

Eliseu Padilha lamenta que Brasil ocupe o penúltimo lugar
em ranking global de qualidade educacional
Em discurso nesta tarde (29), no Plenário da Câmara, o deputado Eliseu Padilha destacou a penúltima posição do Brasil no ranking comparativo de desempenho educacional feito com dados de 40 países. 

O levantamento foi feito pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), Pearson Internacional, faz parte do projeto The Learning Curve (Curva do Aprendizado, em inglês) e mede os resultados de três testes internacionais aplicados em alunos do 5.º e do 9.º ano do ensino fundamental. “Quero lembrar que fui durante anos, o ministro da infraestrutura do País. Cuidava do nosso sistema de transportes. 

Hoje, estou me dedicando a cuidar da infraestrutura humana. Porque quanto maior a qualificação das pessoas, maior será o nível de satisfação delas em relação a muitos setores. E, essa qualificação é a educação”, afirmou. 

Eliseu Padilha lamentou o Brasil ocupar a 39ª posição na lista e ressaltou que os países que estão ocupando as primeiras posições (Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong), além dos investimentos, valorizam os professores, a escola e a educação. 

“Nestes países, o professor está entre os profissionais com melhor remuneração. Ele é bem avaliado e a educação é prioridade, não só para os governantes, mas para a sociedade”, disse. 

Ao concluir, Eliseu Padilha afirmou que o compromisso com a educação deve ser de todos, da sociedade e não só dos governantes. “Essa banalização da vida humana, hoje, é fruto da falta de educação. Devemos nos conscientizar de que priorizando o conhecimento e a educação mudaremos o quadro que aí está”, finalizou. 

Abaixo a matéria do jornal O Estado de São Paulo citada pelo deputado Eliseu Padilha: Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação Estudo internacional comparou desempenho de 40 países. 

27 de novembro de 2012 - O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores. A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países. 

Em primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong. Os 40 países foram divididos em cinco grandes grupos de acordo com os resultados. Ao lado do Brasil, mais seis nações foram incluídas na lista dos piores sistemas de educação do mundo: Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, país do sudeste asiático que figura na última posição. 

Os resultados foram compilados a partir de notas de testes efetuados por estudantes desses países entre 2006 e 2010. Além disso, critérios como a quantidade de alunos que ingressam na universidade também foram empregados. Para Michael Barber, consultor-chefe da Pearson, as nações que figuram no topo da lista valorizam seus professores e colocam em prática uma cultura de boa educação. 

Ele diz que no passado muitos países temiam os rankings internacionais de comparação e que alguns líderes se preocupavam mais com o impacto negativo das pesquisas na mídia, deixando de lado a oportunidade de introduzir novas políticas a partir dos resultados. Dez anos atrás, no entanto, quando pesquisas do tipo começaram a ser divulgadas sistematicamente, esta cultura mudou, avalia Barber. 

"A Alemanha, por exemplo, se viu muito mais abaixo nos primeiros rankings Pisa [sistema de avaliação europeu] do que esperava. O resultado foi um profundo debate nacional sobre o sistema educacional, sérias análises das falhas e aí políticas novas em resposta aos desafios que foram identificados. Uma década depois, o progresso da Alemanha rumo ao topo dos rankings é visível para todos". 

No ranking da EIU-Person, por exemplo, os alemães figuram em 15º lugar. Em comparação, a Grã-Bretanha fica em 6º, seguida da Holanda, Nova Zelândia, Suíça, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Austrália e Polônia. Cultura e impactos econômicos Tidas como "super potências" da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura. Alemanha, Estados Unidso e França estão em grupo intermediário, e Brasil, México e Indonésia integram os mais baixos. 

O ranking é baseado em testes efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos, e por isso apresentam um cenário com um atraso estatístico frente à realidade atual. Mas o objetivo é fornecer uma visão multidimensional do desempenho escolar nessas nações, e criar um banco de dados que a Pearson chama de "Curva do Aprendizado". 

Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira "cultura" nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo. 

Daí o alto desempenho das nações asiáticas no ranking. Nesses países o estudo tem um distinto grau de importância na sociedade e as expectativas que os pais têm dos filhos são muito altas. Comparando a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um "valor moral" concedido à educação muito parecido. 

O relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de bons salários. Há ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Thatiana Souza Marcial

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