Eliseu Padilha e Michel Temer |
Autor(es): Denise Rothenburg
Correio Braziliense - 07/02/2014
Se tem algo que o vice-presidente da República exercita com maestria, é a paciência. Ontem, ao conversar com a coluna, ele disse que não houve veto ao nome de Eliseu Padilha para ministro e que o deputado está prestigiadíssimo e prontamente aceito por Dilma para coordenar a campanha, aproveitou para colocar alguns pingos nos iis em relação ao seu papel dentro do PMDB e do governo. Primeiro, disse que essa crise (o fato de a bancada na Câmara defender a entrega dos cargos) “se resolve com diálogo e muita conversa”. Tratou ainda como “acidente” a história de que o governo deseja tirar o PMDB da pasta do Turismo e disse acreditar numa boa a solução para a reforma ministerial, embora se mantenha discreto.
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Quanto ao partido, Temer é cristalino: “Se houver antecipação da convenção tem que decidir em definitivo. Tenho uma longa história no PMDB, de serviços prestados ao PMDB. Também devo muito ao PMDB”, afirmou. Temer acredita piamente que o melhor caminho para a legenda, que ele serve há décadas, é a reeleição da presidente Dilma, com a reedição da chapa. “Para mim, isso está acima de um projeto pessoal e farei todo o esforço para manter a aliança, mas o que o partido decidir, eu acato”, afirmou.
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Temer frisou diversas vezes na conversa que tem servido ao PMDB ao longo desses anos, em uma conjuntura muitas vezes delicada, difícil. Mas nunca deixou o seu partido de lado. Nos próximos dias, pretende, em conjunto com a presidente Dilma e o ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, encontrar a melhor saída. Falta combinar com as bancadas da Câmara, do Senado, com a própria Dilma e os demais aliados. Sem dúvida, não será tarefa fácil.
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